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sábado, 1 de agosto de 2009

Qual o melhor celular para navegar na internet? Testamos seis modelos

Ela chegou para ficar. Ou melhor, para ir com você para todos os lugares. Quem possui um computador portátil, do tipo netbook ou um ‘tradicional’ notebook, com acesso à internet por meio de redes 3G ou Wi-Fi sabe que pode contar com seus e-mails e navegar na web onde quer haja sinal disponível. A tela ‘grande’, um disco rígido espaçoso, webcam e tudo o mais que estes equipamentos oferecem são complementos que facilitam o dia-a-dia dos usuários.

Mas o acesso móvel à web por meio de celulares é uma realidade e tem uma série de vantagens. Eles são menores, leves, mais baratos (se bem que há modelos que podem custar mais do que um notebook) e ainda oferecem serviço de voz. Como nem tudo é perfeito, o tamanho reduzido da tela torna desconfortável visualizar determinados conteúdos. Além disso, quando não se está em um lugar coberto por redes sem fio, fica-se na dependência do sinal das operadoras de celulares– mas este é um problema que também afeta os computadores portáteis.

Nesse comparativo de celulares com acesso à web não queremos provar se eles são capazes de substituir (nem em que grau) um computador portátil. Nosso objetivo é mostrar do que eles são capazes. Fiz uma avaliação seis modelos que, segundo os fabricantes, são o que há de melhor para acessar a internet a partir de um celular: Arena (LG); iPhone (Apple); N85 (Nokia); Touch Diamond (HTC); W995 (Sony Ericsson); e Z10 (Motorola).

No quesito acesso à internet, o iPhone (1.789 reais) é imbatível e merecedor do título de Best Buy. Sua tela sensível ao toque de 3,5 polegadas e a versão móvel do Safari, o navegador da Apple, tornam a navegabilidade muito fácil. O acelerômetro existente no celular permite ver a página visitada tanto no formato paisagem quanto retrato; basta girar o aparelho que o browser se ajusta rápido e automaticamente.

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iPhone 3G: bem que podia reproduzir flash

A imagem ainda está pequena? Não se preocupe, um toque duplo na tela irá ajustar o conteúdo para melhor visualização; o ajuste também pode ser realizado utilizando o zoom feito com dois dedos em pinça. Pode-se ter até oito páginas abertas simultaneamente e, como a versão para desktop do navegador, recursos como favoritos e histórico de navegação estão disponíveis e facilmente acessíveis e gerenciáveis.

Digitar URLs não é difícil, apesar do celular da Apple ter somente um teclado QWERTY virtual simplificado – nele, algumas teclas têm mais de uma função (por exemplo, acesso a letras acentuadas). Os recursos de selecionar, copiar e colar, que foram introduzidos na versão 3.0 do sistema operacional do iPhone, permitem agora que o usuário copie trechos de conteúdos da web (e de outros aplicativos também) para envio por e-mail, por exemplo ou inserção em mensagens de texto ou documentos.

Mas nem tudo é perfeito. A falta de acordo entre a Apple e a Adobe ainda não permite a visualização de conteúdos em Flash no navegador. Tal incompatibilidade torna páginas web ricas nesse tipo de conteúdo um amontoado de brancos sem sentido. E não espere correção para o problema no iPhone 3GS – pelo menos não na versão que deve chegar ao mercado em agosto.

O Arena (1.799 reais) ocupa uma honrosa segunda colocação na categoria de melhor celular para acesso à internet. A tela touch de três polegadas garante conforto para leitura e também visualização de fotos nos sites, que também faz uso do acelerômetro para exibir o conteúdo na posição paisagem ou retrato. Aliás, seu teclado virtual é melhor aproveitado quando usado na posição paisagem (horizontal), pois as teclas aproveitam melhor o espaço e a digitação fica mais precisa. O histórico dos sites fica em uma lista visual, com miniaturas das telas acessadas. Também tem recurso de copiar e colar e, diferentemente do iPhone, reproduz conteúdo em flash com facilidade. Pesam contra o modelo da LG o recurso de zoom: algumas vezes foi necessário repetir o movimento para que a tela sensível respondesse corretamente à ampliação de uma foto ou texto.

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Arena: tela touch com ótimo poder de resposta

Se o celular da Sony Ericsson agrada por oferecer acelerômetro para melhor visualização de páginas na web, sua tela de 2,6 polegadas não é sensível ao toque e navegar por ela é algo irritante. Passear por uma página web exige movimentar o cursor frequentemente e o histórico de navegação no W995 (1.599 reais) fica em lista, ordenada pelas páginas visitadas e não em ordem cronológica. O teclado de 12 teclas, no qual cada botão dá acesso a mais de uma letra/função, é pouco confortável e prejudica que precisa digitar muito. Ele traz aplicativos para MSN, Google Talk e Yahoo Messenger e, como o Arena, é capaz de reproduzir vídeos do YouTube e acessar páginas com flash.

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W995: prepare-se para usar muito o botão de navegação

A tela touch de 2,8 polegadas do Touch Diamond (2.899 reais) é ótima para leitura de textos e conta com acelerômetro (que às vezes não funciona direito) para auxiliar no posicionamento da página (retrato ou paisagem), ajustando sua exibição. Para aplicar zoom, basta clicar duas vezes na tela, como no iPhone. O teclado virtual do celular da HTC não é muito preciso. Frequentemente, foram digitadas letras além das que eram clicadas e só foi possível digitar com precisão usando a caneta stylus (que acompanha o equipamento). Vídeos no Youtube e sites com flash foram acessados sem problemas.

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Touch Diamond: acelerômetro falha e é muito caro

O N85 (1.699 reais) tem tela de 2,6 polegadas, mas ainda mantém o estilo de outros modelos da Nokia. Seu teclado de 12 botões não o torna confortável para quem precisa digitar muito (usuários do Twitter que o digam), embora muitos argumentem que, com o tempo ganha-se agilidade. A falta de um recurso para selecionar, copiar e colar links ou endereços de sites ou outros conteúdos prejudica o dinamismo de acessar a internet. O N85 permite acessar páginas com flash e reproduzir vídeos do YouTube. Os bookmarks e histórico de navegação são bem organizados, com miniaturas das páginas visitadas, facilitando quem é novato no acesso à internet pelo celular.

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N85: falta recurso de copiar e colar

O desconforto para ler textos na diminuta tela de apenas 2,2 polegadas (e que não é sensível ao toque) é o que mais chama a atenção no Z10 (599 reais), problema que pode ser contornado em partes com o recuso de zoom, e mesmo com o recurso do acelerômetro as coisas não melhoram muito: rolar pela tela exige uso frequente do botão do cursor. E embora seja possível reproduzir vídeos do YouTube, essa é uma experiência um tanto quanto frustrante, principalmente para conteúdos de baixa resolução. O celular da Motorola tem menus bem organizados, oferece um muito bem-vindo recurso de copiar e colar e seria muito bacana.

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Z10: tela pequena e sem recurso de toque

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