No livro “Pecado e arrependimento”, o bispo Edir Macedo esclarece as diferenças entre dois sentimentos muito comuns e aparentemente semelhantes. Além de traçar um paralelo entre arrependimento e remorso, o bispo ressalta que quando alguém se arrepende verdadeiramente de um pecado, nunca mais o cometerá e destaca os efeitos positivos constatados quando existe sabedoria para conhecer o que nos fala ao coração.
Edir Macedo cita o exemplo clássico de Judas Iscariotes, que sentiu apenas remorso por ter traído Jesus, para explicar que, mesmo que haja remorso por um pecado cometido, o indivíduo pode voltar a cometer a mesma atitude equivocada por muitas outras vezes, até que se arrependa de coração. “Ora, se o remorso não passa de um sentimento de culpa cobrado pela consciência, só pode produzir mal-estar durante um certo período, o que logo será esquecido. Nada mais. O arrependimento, por sua vez, é diferente e implica em mudanças de comportamento em relação ao erro”, considera.
O bispo aponta ainda uma série de características do arrependimento, capazes de modificar definitivamente a vida de uma pessoa tocada pela necessidade de rever suas atitudes. Ele fala da importância de detectar a existência de um pecado. “É preciso, em primeiro lugar, que a pessoa errada considere o seu erro, ou seja, é necessário que ela o assuma corajosamente, analisando por que cometeu tal delito e onde foi que começou a cair em pecado”, indica.
A partir do momento em que o indivíduo confessa seus pecados, deve isto ao Espírito Santo, que estará agindo sobre sua consciência e seu coração, levando ao convencimento e à confissão de seus erros. Daí por diante, é preciso passar a odiar as falhas cometidas e abandoná-las, para que não mais se repitam, tornando-se forte à tentação de cair novamente nas mesmas armadilhas.
“Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?” (Romanos 2.4).
