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Antes de sua surpreendente vitória nas eleições presidenciais de 2005, Mahmoud Ahmadinejad foi prefeito da capital Teerã. Filho de um ferreiro, mudou-se do norte do Irã para a capital com sua família durante a infância; mais tarde, doutorou-se em engenharia civil. Durante a corrida eleitoral de quatro anos atrás, Ahmadinejad prometeu dedicar aos pobres o dinheiro que o país consegue com o petróleo, mas durante seu governo o país encontrou graves problemas econômicos (em parte devido a sanções internacionais), que agora são denunciados pelos outros candidatos presidenciais. Ahmadinejad ficou conhecido por seus comentários polêmicos, entre os quais a negação do Holocausto, o desejo de "tirar Israel do mapa" e declarações homofóbicas. Ele reivindica o direito de enriquecer urânio no Irã para gerar energia elétrica, um programa que Israel e os Estados Unidos acusam de ter fins bélicos
Ahmadinejad obteve o dobro de votos do segundo colocado, o reformista ex-primeiro-ministro Mir Hossein Mousavi. Também concorreram o reformista Mehdi Karroubi, 72, e o conservador Mohsen Rezai, 54.
Segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério do Interior, Ahmadinejad tem 64,78% dos votos com 81% das urnas apuradas, o que corresponde a 19.761.433 eleitores dos mais de trinta milhões que foram contabilizados. Mir Hussein Mousavi é o segundo colocado com 32,26% da preferência dos eleitores (9.541.056 votos). Os outros dois candidatos - o conservador Mohsen Rezaei tem 2,08% (633.048 votos) e o clérigo reformista Mehdi Karrubi aparece com 0,89% (270.875 votos).
A campanha de Ahmadinejad já proclamou a vitória do mandatário no país. Mojtaba Samareh Hechami, chefe de campanha do presidente ultraconservador, assegurou à agência de notícias "Fars" que as cifras reveladas até o momento pelo Ministério do Interior iraniano não deixam nenhuma dúvida.
Samareh Hachemi qualificou de propaganda e ato de irresponsabilidade a decisão de Mousavi de reclamar também a vitória e afirmou que a derrota é o episódio final de três meses de irrealidade.
Ahmadinejad "é o presidente de todos os iranianos. Os outros candidatos devem respeitar o desejo do povo, respeitar as regras democráticas e ajudar a criar uma atmosfera sã que elimine as tensões", afirmou. "A diferença de milhões de votos demonstra quem são aqueles que têm mentido", completou.
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