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terça-feira, 5 de outubro de 2010

A greve dos bancários tem 100% de adesão


em Ilhéus onde todas as agências estão de portas fechadas desde a quarta-feira, 29. Tantos os bancos públicos quanto os privados estão repletos de cartazes e faixas informando a greve. Sobrou para o cliente usar as lotéricas. loterica
Mais uma vez os bancários recorrerem à paralisação para forçar os bancos a conceder reajuste. De acordo com o diretor jurídico do Sindicato dos Bancários de Ilhéus, Raimundo Alcântara, não há previsão da reabertura dos bancos.
Há dois meses o sindicato tenta uma conciliação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) quanto ao reajuste salarial e outras cláusulas específica. A Fenaban apresenta como contraproposta reajuste de 4,29%, enquanto a categoria reivindica 11%.
“Consideramos o valor proposto bem abaixo do que esperamos e, enquanto não tivermos uma oferta melhor, continuaremos parados”. O sindicalista observa que o lucro dos bancos no primeiro semestre deste ano “foi muito bom”.
O Banco do Brasil teve um lucro de aproximadamente R$ 6 bilhões, o Bradesco ficou em torno de R$ 5 milhões e o Santander, R$ 3 bilhões. “Estes valores correspondem apenas a seis meses. Não entendemos a razão da Fenaban oferecer apenas 4,29% de reajuste”.
Segundo o secretário do Sindicato dos Bancários, Waldemyr Correia, a pauta da campanha também prevê plano de carreira, cargos e salários em todos os bancos, além de proteção à saúde do trabalhador e contratação de mais profissionais.
Outro ponto é o reforço da segurança. Waldemyr diz que os índices de assaltos, principalmente nas salas de auto-atendimento, são altos.
“Os bancos decisivamente não mudam a posição e só colocam segurança a partir das 11 horas, o que facilita a ação de marginais, cujas principais vítimas são aposentados e pensionistas”.
Lotéricas
Enquanto os bancários estão com as atividades paralisadas, as casas lotéricas enfrentam ‘superlotação’. Desde a quarta-feira, 29, a fila não diminui. A vendedora Ana Clécia dos Santos diz que ficou quase uma hora esperando para pagar uma conta.
“Fui direto ao banco, mas quando me deparei com os cartazes informando a greve, não tive alternativa e apelei para a lotérica.”. Ela admite que não gosta de utilizar a lotérica para determinados serviços, porque não é segura.
“O espaço é pequeno, não tem segurança, todo mundo vê o que você está fazendo. Confesso que não me sinto à vontade”.
A dona de casa Maria do Carmo Santana diz que foi pega de surpresa, não sabia da greve nos bancos. “Deixei para vir na lotérica ao meio dia quando o movimento é menor, mas fui surpreendida com uma enorme fila”.

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